Problemas Oclusais e Ortopedia Funcional dos Maxilares

Com o desenvolvimento socioeconômico e cultural do Brasil e por meio de medidas preventivas, nas áreas pública e privada, houve uma redução significativa da presença da doença cárie e da doença periodontal na população. No entanto, verifica-se um número grande de crianças com problemas oclusais (dentes tortos, discrepância óssea entre as arcadas dentárias, falta de espaço para os dentes permanentes etc.). A maioria destes problemas não é de ordem genética ou hereditária. As más oclusões frequentemente são originárias de maus hábitos como, por exemplo, sucção prolongada de chupeta e dedo, hábitos alimentares inadequados, respiração bucal. Além destes, perdas de dentes de “leite”, fora da época de sua esfoliação (“queda”), também contribuem para o aparecimento de transtornos oclusais devido à diminuição do espaço para o “nascimento” correto do dente permanente.

Uma boa oclusão, ou seja, o encaixe correto dos dentes, além de permitir um sorriso harmonioso, é muito importante para a saúde. O posicionamento dentário adequado permite melhor trituração dos alimentos durante a mastigação, facilitando a deglutição e a digestão; distribui corretamente as forças aplicadas sobre os dentes quando estes entram em contato, evitando, assim, perdas ósseas ao redor do dente e problemas nas articulações da mandíbula.

O tratamento de problemas oclusais é importante em qualquer idade, seja em crianças, jovens ou adultos. No passado, era comum aguardar o “nascimento” de quase todos os dentes permanentes para iniciar o tratamento oclusal com aparelho. Atualmente, dependendo da má oclusão, a intervenção precoce torna-se necessária a fim de evitar maiores danos no desenvolvimento e crescimento faciais. Com o tratamento em idade tenra, restabelece-se a harmonia oclusal contribuindo com o desenvolvimento equilibrado de funções como mastigação, fala, deglutição e respiração; além de permitir um correto crescimento dos ossos da face.

Levando-se em consideração que a maioria dos problemas oclusais desenvolve-se em idades precoces, é importante que os pais fiquem atentos sobre isso e não apenas preocupados com a doença cárie. Existem determinados tipos de alterações oclusais que se instalam muito precocemente, por volta dos 3 aos 6 anos de idade, e que requerem intervenções imediatas, evitando-se, assim, o agravamento do problema (ver figura – criança de apenas 5 anos de idade). Neste caso específico ilustrado, trata-se de uma oclusopatia grave que, se não tratada em idade tenra, poderá ter severas complicações mais tarde.

O tratamento precoce, quando necessário, permite restabelecer a harmonia entre os arcos dentários, melhora a posição dos dentes e o principal, evita que o problema se agrave, necessitando, futuramente, de extrações de dentes permanentes ou até mesmo de cirurgia ortognática complementar.

O cirurgião-dentista especialista em ortopedia funcional dos maxilares é capacitado em diagnosticar, prevenir, controlar e tratar os problemas de ordem oclusal, nas diversas faixas etárias – sobretudo em idades precoces –, seja mediante aparelhos ortopédicos funcionais (aparelhos removíveis) ou não.

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